quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A eternidade é espessa e compacta

Tenho gravado o teu sorriso a rasgar a face.

Vai fazer (talvez) uns anos 9 anos que te escrevi aquela carta. Lembro-me de a escrever depressa... agora só queria mais tempo.

Ouviste-a uma vez... talvez duas quando a professora de Português releu na aula. Era para ti, sabias?! Gostava que a ouvisses mais uma vez... não consegues ouvir??? Aí desse lado sentes alguma coisa, ouves alguma coisa? E ler? Gostava que lesses mas custa-me acreditar que esse lado existe.

A tinta dissolveu-se no papel... Recuperei-a

Eu mudei, já não sou aquela pessoa distante. As tuas mãos quebraram o gelo que me envolvia e assim pude soltar-me. Já sei curar aquela dor.
Esta carta escreve-se com a serenidade que entrou pelo coração inquieto. É um gesto terno mas convencido que a noite grita pela tua luz.
O teu perfume alcança as rédeas de um espírito veloz e a minha alma é um frenético rio que sossega ao ajustar-se ao teu leito.
O nosso tempo há-de começar.

Era mesmo uma adolescente... Tanta coisa mudou, eu mudei e este texto tem tanto tempo mas lembrei-me de ti!
Lembro-me de ti quase todos os dias. Ainda não chorei toda a tua ausência.
grgrgrgrgrrrrrr a eternidade pode ser tão pesada, compacta, espessa.

2 Comments:

Blogger BrunoS said...

Gostei. Gostei muito da tua carta, ainda por cima escrita à tanto tempo!

É engraçado encontrar:
«Lembro-me de ti quase todos os dias.»

Foi exactamente isso que ouvi à poucos dias. Gelei quando a li de ti, desprezo quem a disse.

Fantástico. Não só passei a saber quem és (suecas no Amoreiras) como quem só tu podes ser...não é, "anónimo". :-)


Continua!

Saudações Bloguisticas.

2:14 da manhã  
Blogger Unknown said...

(suecas no Amoreiras) ah ah ah ah

Estás a dar uma ideia para um post... ah ha ah....

2:26 da tarde  

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